segunda-feira, 26 de abril de 2010

TÉCNICA DEVORADA #5 - PR STUNT

Deparamo-nos diariamente com notícias nos jornais que não passam do resultado de acções pensadas desde a sua raiz para gerarem notícia nesses mesmos jornais. Estas notícias são o resultado de PR Stunts.
As relações públicas são diferentes da publicidade pela sua abordagem. Enquanto que a publicidade é um espaço pago em publicações, outdoors, televisão, etc., as relações públicas trabalham de uma forma diferente para atingir o mesmo objectivo final: a conquista desse espaço. As relações públicas visam conseguir cobertura mediática de formas mais indirectas, tais como ligar um produto a um furo jornalístico – quer seja de uma forma mais ou menos subtil.

Para promover um produto ou uma marca, as agências muitas vezes vão além do comum Press Release, criando histórias que à partida conseguirão gerar cobertura mediática. Há quem considere que as relações públicas são uma forma de publicidade não paga (pelo menos de uma forma directa, uma vez que as agências são pagas pelas suas ideias e execução). No entanto, ao contrário da publicidade paga, neste tipo de acções existe sempre o risco de não se conseguir gerar cobertura mediática, e todo o investimento é em vão. De qualquer forma, se a história criada for suficientemente interessante (o que em alguns casos roça o escândalo) irá certamente fazer correr tinta na imprensa e beneficiar todas as partes envolvidas (anunciante, agência e imprensa).

Assim, um PR Stunt é no fundo a produção de uma história que possa surpreender pela sua originalidade, estranheza ou até sensacionalismo e que consiga gerar interesse público de tal forma que justifique cobertura mediática, criando associação da marca em causa ao momento. Neste tipo de acção, há frequentemente uma utilização de técnicas como Marketing de Guerrilha (já abordado anteriormente no blog) ou até mesmo Ambient Marketing. Algumas das acções que visam gerar conteúdos mediáticos são feitas de forma não assumida pela marca, uma vez que pelo seu teor “menos legal” as consequências podem ser negativas, havendo apenas assim uma associação indirecta da mesma. No entanto, estas são muitas vezes as acções capazes de gerar mais notícias.

Segundo James L. Horton (2006), “O verdadeiro desafio dos PR Stunts é conseguir preservar a mensagem de marca embutida nos desafios […] O stunt não promove o conceito que está por trás”. Ou seja, o stunt promove apenas aquele momento, e se a integração da marca não for bem feita, a mensagem acaba por passar despercebida.

De acordo com este autor, existem 5 pontos a ter em conta ao desenvolver um stunt:

> Lugar
> Altura
> Pessoas Envolvidas
> Razão do Stunt
> Praticabilidade

Só uma boa conjugação destes 5 elementos consegue dar origem a um stunt bem sucedido.



Vantagens
> Baixo custo
> Liberdade para desenvolver acções mais arriscadas (porque não ser assumido directamente pela marca e ainda assim estar ligado a esta).


Desvantagens
> Risco de não conseguir preservar a mensagem
> Risco de não haver cobertura mediática



Bibliografia
> HORTON, James. "Publicity Stunts What Are They? Why Do Them?" (PDF), consultado a 25/04/2010
> http://en.wikipedia.org/wiki/PR_stunt, consultado a 25/04/2010
> http://www.taylorherring.com/blog/index.php/tag/top-50-pr-stunts/, consultado a 25/04/2010

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